quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

catando um feliz ano novo

melhor do que as matérias da última veja, está o anúncio de feliz ano novo das havaianas, na página 18.
então vou me reduzir a minha insignificância e deixar que a grande AlmapBBDO passe essa mensagem.


"que pedir a um ano novo
fama, grana, remissão?
pra quê, há coisas mais bacanas
quero sossego e havaianas

como eu seria simples
espicharia o casco ao sol
divagaria bobagens tamanhas
pé no chão, só as
havaianas

não teria mais porto
atracaria em areias distantes
potiguares, gaúchas, baianas
como viajariam minhas
havaianas

aproveitaria cada minuto
boiaria, mergulharia
até me agarraria a barbatanas
pra depois adormecer
de havaianas

até me dissolver na espuma
curtir o cabelo na água e sal
pente algum desfaria as tramas
se eu vivesse só de
havaianas

mandaria o chefe às favas
viveria de brisa fresca
sobreviveria à base de bananas
meu reino por um pé de
havaianas

fingiria que eu era outro
um poeta que endoideceu
escreveria rimas parnasianas
na areia em volta das havaianas

e de noite, não faltasse um carinho
um colo com tudo de bom
namoraria luizas, cláudias, anas
um pé que também usasse
havaianas

se não encontrasse, paciência
eu me entregaria a prazeres fugazes
daria as festas mais insanas
todos, a rigor, só de
havaianas

dê-me sol, dê-me areia
caipirinha, ostra e caju
lua detrás das montanhas
só não me faltem as
havaianas

eis o que eu pediria
ao ano, se ele me ouvisse
duas mil e oito coisas bacanas
e um só par de
havaianas

se o mundo acabar, quem garante?
seríamos homens realizados
uma legião de anjos à paisana
só de asas e
havaianas."

resumindo, mais simplicidade em 2008.
amor e saúde bastam.
au revoir, Cata S.

sábado, 22 de dezembro de 2007

catando ócio

a vida é curta.
cada segundo vale uma preciosidade inestimável. carpe diem.
cada segundo é o tempo em que você produz algo. dá um passo a mais na vida.
fazer, acontecer, curtir, movimento. mas e aquele tempinho de ócio?
quando aquele amigo te deixa esperando 50 minutos para sair no sábado à noite e a gente fica cantando coisas pra fazer. (é o caso de agora.)
quando estamos a sós dentro do carro num mega engarrafamento perdendo cerca de 40 minutos do nosso dia.
aquele domingo em que você já dormiu tudo o que tinha pra dormir, e acordado não tem coragem de fazer nada.
isso tudo me incomoda profundamente.
sei lá. lê um livro, vê um filme, liga pra alguém pra trocar uma idéia, escreve no blog.
mas a verdade é que admiro quem sabe curtir o próprio ócio.
deitar no sofá da casa, olhar o teto, pensar em nada.
viajar com a mente dentro de um carro parado.
se dar ao direito de em algum momento da semana fazer absolutamente nada quando sempre você está fazendo alguma coisa ou mais de uma coisa.
o ócio é nosso momento eu comigo mesmo e mais ninguém. necessário.

by the way, não aguentei ficar no ócio no reveillon e vou pra pipa. delícia.

au revoir, Cata S.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

catando reveillon

será possível que não tem nada que preste pra fazer no reveillon?

certo tá meu cabeleireiro:
- vai fazer o que no fim do ano?
- sei não... to na indecisão. tem o que de bom?
- aqui em recife? o aeroporto.

to catando opções, já que o aeroporto tá fora do orçamento, me ajudem.

au revoir, Cata S.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

catando em 2007

já entrando no clima de retrospectiva, catei as pérolas do ano de 2007.
os melhores diálogos, mungangas, histórias e cases.

meus e de quem esteve junto de mim.
vou postando na medida em que for lembrando. seguem alguns.

semana santa em gravatá, diálogo com uma super fera num bar na beira da estrada:
- vódega só tein bolvana.
- tem sminorff não?
- si fai pur novi?

num dos muitos sábados no parentela, lu galega quase morre quando uma drag queen pede pra "dar uma" na tão preciosa narguila dela.
- perai fofas, preciso passar o gloss. (regra número 6: proibido fumar com gloss)
- perai fofa, deixa eu ajeitar aqui. (10 folhas de guardanapo na boca da narguila)

as pérolas da campeã das pérolas: naná.
"zerinho ou um, a batalha começou" (uma variação de "guerra guerra guerreou", com direito a mãozinha e tudo)
- "meus dedos estão estrábicos"
- "como é naná?"
- "estrábicos, mongóis..." (os dedos?)
"e a tristeza nem pode pensar em parar" (uma paródia ao tão famoso hino de carnaval, no meio do carnaval)

"o pierrot está chorando pela flor da colombina" (ainda no carnaval.)
"vou pedir aos céus flores aqui comigo, vou jogar no mar você... ham?" (pelo menos acertou a música, só trocou os versos)
"a mãe da minha chefe teve deslocamento de rotina" (na semana santa. ou seria descolamento de retina?)

"essa mulher na carrueta" (a gente assistindo o filme maria antonieta, acho que ela quis dizer carruagem)

ainda nas pérolas de naná, estávamos indo pro carnaval em bezerros.
miau avisa: vou abastecer o carro no posto do meu pai. (o pai de miau tem um posto em vitória, que fica no caminho de bezerros).
chegando no posto, bem pertinente com o público-alvo deste, tinha uma placa: "gasolina boazuda, álcool gostosão, diesel sem defeito".
naná, com seu jeito mui lady de ser: "miau, não acredito não que tu vai abastecer aqui!"
miau: "qual o problema de abastecer aqui?"
todos olham pra cara de naná soltando um "cala boca!"
meia hora depois, ela se toca: "eita... é o posto do teu pai né?"

a brincadeira era pra adivinhar o filme com mímicas.
carlinha pega um celular com flip e abre e fecha. ninguém acertou. o nome do filme? Closed.
conheço Closer.

ju benbassat com uma máscara de banana andando no meio do shopping na hora do almoço. tem noção uma moça feita de 23 anos fazendo isso?

numa das terças do uk, eu e lu, tranquilas, bem sentadas, moças finas. chega um francês e começa a fazer pra gente a dança do acasalamento. agacha, mãozinhas para frente e movimento. sente a vibração.
pardon? te conheço?

eu, naná e carlinha, tomando uma no parentela, indignadas com o comportamento leviano dos homens. "é por isso que o brasil não vai pra frente: os políticos são todos homens. vamos nos candidatar!".

quem levou a melhor cantada?
naná, em janeiro em porto: "imagine uma montanha. uma montanha bem alta. em cima dessa montanha tem um coqueiro. esse coqueiro tem um coco. o coco cai, e ai? rola ou não rola?"
eu no carnaval, passando pela rua dos viados: "ahh se eu gostasse..."
e ainda no carnaval: - "você é um ventilador no três" - "como assim?" - "você é o máximo!"

na festa mais underground do ano, tava letícia sabatella, passava filme pornô na sala e tinha gente tomando banho na piscina do jeito que veio ao mundo. e todo mundo com cara de paisagem como se nada acontecia. isso sim é festa estranha com gente esquisita.

gael garcia bernal assistindo o show de hot chip do meu lado no tim festival. coisas que só acontecem no rio de janeiro.

dudu com aquele sotaque de quem nunca saiu do rio de janeiro:
- amiagou, onde que fica o jardim botânico?
- aqui na tua frente cara! (pensando: esse bacana aí tem sérios problemas de memória)


au revoir, Cata S.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

catando na globo

passou ontem na Globo um filme ao qual sou fascinada: Closer.
apesar de ter que escutar "oi estranho" na voz de uma farsante qualquer ao invés do "hello stranger" na voz da fofa da Natalie Portman, eu sentei pra ver.

simples assim: alice se apaixona por dan que se apaixona por anna que se apaixona por larry.
e todo o vice-versa possível ao longo do filme.
já escutei que é um filme pornográfico sem mostrar uma ceninha de sexo sequer.
e é mesmo. os diálogos incomodam. são curtos e precisos.
em cada personagem, tem um pequeno espelho em que a gente se vê.
é um tapa nos românticos.

selecionei alguns de meus diálogos preferidos. dura tarefa.

(o homem quando quer conquistar parte logo pra ignorância. vai Dan, solta tua cantada.)
Alice: qual meu eufemismo?

Dan: Desconcertante
Alice: isso nao é eufemismo
Dan: é sim

(algumas realidades da psico humana que Dan teve coragem de assumir.)
Alice: Por que você gosta dela?
Dan: Porque ela não precisa de mim.

(sempre existe um ponto. um limiar. ou vai, ou volta.)
Dan: Eu me apaixonei por ela, Alice.
Alice: oh, como se você não tivesse escolha? Existe um momento, existe sempre um momento, "Eu posso fazer isso, eu posso me render a isso, ou eu posso resistir", e eu não sei quando foi o seu momento, mas eu aposto que houve um.

(se só o amor fosse suficiente, amaríamos apenas 1 vez na vida.)
Alice: Eu teria te amado pra sempre...

(apesar de não ter o que fazer com certas respostas, a gente sempre quer perguntar o que não se deve saber.)
Alice: por que você quer tanto a verdade?
Dan: porque eu sou viciado nisso, por que sem isso nós somos animais.

(perguntou o que quis, ouviu o que não quis)
Larry: e que gosto ele tem?
Anna: igual a voce, só que mais doce
Larry: muito bem, esse é o espirito. Agradeço a Sinceridade. Agora cai fora e morra, sua vadia desequilibrada.

(beijos não são contratos.)
Dan: Mas você me beijou!
Anna: Quantos anos você tem? 12?

(quem disse que não é simples assim?)
Dan: O que faz quando não ama mais?
Alice: "Eu não te amo mais, adeus!"
Dan: E se você ainda ama?!
Alice: Não vai.
Dan: Nunca abandonou ninguém que ainda amava?
Alice: Não!

(mas quem nunca tentou amenizar?)
Alice: Você ainda gosta de mim.
Dan: Claro que sim.
Alice: Você está mentindo, já fui você.

(sábias palavras, Dan.)
Anna: Sou gentil.
Dan: Não é gentil, é egoísta. Não tem coragem de deixá-lo te odiar.

(aí lascou mesmo.)
Dan: Acabou. Perdemos a inocência.

(verdades sobre o coração.)
Dan: Você pensa que o amor é simples. Você pensa que o coração é um diagrama.
Larry: Você já viu um coração humano? Parece um punho fechado banhado em sangue.

(quem consegue identificar no exato momento o fim de um amor?)
Alice: não te amo mais.
Dan: desde quando?
Alice: desde agora.

(resposta perfeita para uma frase cretina.)
Dan: me desculpe.
Alice: isso é irrelevante.

(é Larry, impossível separar uma coisa da outra.)
Larry: Você não sabe a primeira coisa sobre o amor porque você não sabe o que é compromisso.

(é. palavras, palavras, palavras.)
Dan: Eu te amo.
Alice: Onde? Como? Eu não sinto, eu não vejo o amor. Eu só ouço algumas palavras, mas não posso fazer nada com suas palavras vazias.

chega. acho que eu só quis guardar pra mim em algum lugar esses diálogos.
o resto, só vendo. e revendo.
conselho: vejam in english e sem intervalos comerciais.

au revoir,
Cata S.



terça-feira, 4 de dezembro de 2007

catando uma manhã qualquer

acordei hoje com uma dor no ombro suportável (graças ao anti-inflamatório que meu Gu me receitou. potente mesmo, já dizia a bula).
ontem estava insuportável.
meu pai diz que é tendinite por computador. discordo e espero que não.
tendinite é um mal muito mal. e por computador é o pior tipo que tem.
além da dor, uma crise de rinite crônica que me acompanha pelo menos 1 vez por semana.
mas nos últimos 5 dias devo ter tido umas 3. deve ser o edredon velho e gostoso que tirei do guarda roupa.
preciso abandoná-lo. ou não. quem tem Claritin D, tem tudo.
hoje é a festa do Prêmio Neurônio JC.
é legal encontrar pessoas queridas, meus ex-companheiros de job.
além de que é boca livre.
mas pouxa, vou perder sweet fanny adams numa das minhas terças sagradas do uk?
que dilema.
mas ainda é de manhã, daqui pro final do dia decido.

(quem leria o meu diário?)

au revoir,
Cata S.