catando filosofias

tem uma música muito sábia tocando nas paradas de sucessos do brasil inteiro.
ela diz mais ou menos assim: "ado, a-ado, cada um no seu quadrado".

filosofando acerca disso, por mais que todos estejam fazendo saci com giratória, cada um está no seu quadrado.

é igual, mas é diferente.
a graça da vida é essa.
cada um no seu quadrado, do seu jeitinho, mas na mesma sintonia.
e dança bonito.

au revoir,
Cata S.

catando rotina

quero meu despertador tocando às 7h30, mas às vezes não tocando.
quero dormir todos os dias às 23h30, mas às vezes não dormir.
quero trabalho de segunda a sexta, mas às vezes no sábado.
quero almoçar feijão todo dia, mas às vezes macarrão.
quero falar com as mesmas pessoas todos os dias, mas às vezes com estranhos.
quero reunião com meus amigos todas as terças, mas às vezes nas quartas.
quero o happy hour da sexta, mas às vezes na quinta.
quero o almoço na casa de vovó do sábado, mas às vezes no domingo.
quero o cinema típico de domingo, mas às vezes na segunda.
quero andar de avião 5 vezes no ano, mas às vezes 10 vezes.
quero todo feriado ir pra porto de galinhas, mas às vezes ir pra pipa.
quero cortar meu cabelo de 2 em 2 meses, mas às vezes de 40 em 40 dias.
quero fazer as unhas toda semana, mas às vezes 1 vez por mês.
quero meu cochilo depois do almoço todos os dias, mas às vezes ver o video show.
quero ouvir o mesmo cd ontem e hoje, mas às vezes amanhã também.
quero fumar narguila 3 vezes por semana, mas às vezes 7 vezes por semana.
quero ballet 3 vezes por semana, mas às vezes 5 vezes por semana.
quero correr 2 vezes por semana, mas às vezes nenhuma vez.
quero largar do trabalho às 19h, mas às vezes às 1h da manhã.
quero suco de laranja todos os dias de manhã, mas às vezes quero vitamina de banana.
quero massagem 1 vez por semana, mas às vezes 3 vezes por semana.
quero um cappuccino às 16h, mas às vezes às 9h também.
quero um doce às 14h, mas às vezes às 9h, às 11h e às 17h também.
quero ver meu namorado 7 vezes por semana, às vezes 14 vezes.

eu quero a rotina, mas às vezes quebrá-la.

au revoir,
Cata S.

catando são paulo

tarefa de casa: faça uma redação com o tema "minhas férias".

minhas férias

nas minhas férias (se é que se pode chamar de férias), passei 4 dias em são paulo.
são paulo é uma cidade com tanta coisa pra fazer que 40 dias não é suficiente.
especialmente em termos de compra.
todos os outlets e pontas de estoque das boas marcas estão lá.
tem o shopping 25 de março, a galeria pajé, a santa efigênia.
tem a galeria do rock.
tem o brechó minha avó tinha, o mais famoso do brasil.
shoppings, shoppings, shoppings.
tem museus de todos os tipos. masp, mam, mac, pinacoteca, língua portuguesa.
tem boliches, pistas de patinação no gelo (que me rendeu uma roncha enorme no joelho), parque da mônica, playcenter, hopi hari.
várias praças e parques lindos de morrer.
só o ibirapuera rende 1 dia inteiro.
alugue uma bike, depois descanse na beira do lago, tome uma água de coco, dê comida pros patinhos, no final, assista ao show das águas.
tem ruas que são um show à parte. rua oscar freire, rua augusta.
bairro do japão, bairro dos italianos, bairro dos árabes.
à noite dificil é escolher entre as milhares de boates, espetáculos teatrais, shows, bares e restaurantes.
mas é incrivel como uma cidade com tanta coisa pra fazer, em todos os lugares que vai é fila.
fila pra comprar, fila pra entrar, fila de carro, fila de banheiro, fila, fila, fila.
o restaurante mais caro? fila.
em são paulo, vi fila até pra comprar haagen dazs, aquele sorvete de R$8 a bola.
eu nunca vi uma ferrari na vida. pois em são paulo vi uma fila de 3.
2 eram vermelhas e conversíveis.
em todas as 3, o motorista usava uma camisa pólo e uma loira no banco do passageiro. acho que compra junto.
um céu preto de fumaça e o cheiro de gás carbônico.
uma cidade seca e gelada, onde a manteiga de cacau é o seu melhor amigo.


au revoir,
Cata S.

catando férias

férias de publicitário aos 24 anos dura apenas 4 dias.
e no máximo, vai pra são paulo, por causa de uma promoção de passagens.

ok! não vou reclamar.
vou adorar perambular na 25 de março, andar de metro, deitar na grama do ibirapuera, sentir a garoa e me divertir com as bichas loucas que vão estar espalhadas pela cidade em virtude da parada gay que vai ter no próximo fim de semana.

adoro!

mas ainda sonho com minhas férias de 30 dias no tahiti.
quem sabe quando eu for uma publicitária aos 44 anos.

au revoir,
Cata S.

catando identificação

trailer do filme sex and the city.

o marido pergunta a carrie bradshaw:
- vamos mandar fazer seu diamante?
- não, me dê apenas um closet enorme.

até então eu não sabia com qual das 4 personagens eu me identificava mais.
mas depois dessa, sem dúvidas, é a carrie.

em breve nos melhores cinemas.

au revoir,
Cata S.

catando atemporalidades

amo tudo o que é atemporal e sem prazo de validade.

o corte chanel.
as bandas pink floyd, beatles e guns n'roses.
tchaikovsky, beethoven, bach.
scarpin, coturno e all star.
a campanha da Honda "eu acordei".
a linda relação entre Carlinhos Moreno e a Bombril.
a linda relação entre Sebastian e a C&A.
as personagens amelie poulain e holly golightly.
a bela e a fera, a pequena sereia e aladim.
o ballet clássico e a dança irlandesa.
quadrilha no são joão.
sonic, alex kid, street fighter e mario bros.
pega-vareta.
todas as marcas que não seguem tendências: a mulher do padre, adriana barra (um dos sites mais lindos de todos os tempos), ronaldo fraga, a conterrânea madame surtô.
o secret crush e o riviera sun da victoria's secret.
o xadrez pied de poule e o vichy.
broches e botões de todos os tipos.
esmalte vermelho.
pin up's, poás e pesponto.
calcinha bunda rica.
pérolas e diamantes.
boneca moranguinho.
foto preto e branco.
meia calça preta.
narguila.
boinas.
coque.
kilt.
corset.
celular e internet.

esses são para todo sempre, amém.

au revoir,
Cata S.

catando boas notícias

você está cansado de "caso isabella", "ronaldo e seus travecos" e "dengue mata"?
seus problemas acabaram.

www.ciaboanoticia.com.br

é só clicar e se divertir com notícias como:

- cirurgia vai resolver problema de soluço em britânico
- concurso premia bebê que chorar mais alto
- igreja faz marketing em bar com cerveja
- americano faz caixão em forma de lata de cerveja
- cão atravessa o deserto e volta pra casa
- crocodilo vai às compras na malásia
- homem quer voar de helicóptero pendurado pelo cabelo
- preso perde peso e processa penitenciária
- político come pantufas velhas
- fazendeiro troca mulher por cabra
- família acorda e encontra estranha dormindo na cama
- mulher morde pit bull
- policial nu persegue ladrão de carro com laterna
- ladrão foge de aquário com crocodilo na noruega
- assaltante atrapalhada esquece RG em agência
- homem toma facada mas não percebe
- ladrão esquece filho no local do crime
- idoso assalta banco em cadeira de rodas
- morto é condenado à prisão na bélgica
- ladrão de esperma é preso na índia
- deputados do MT sentam em cadeira de mais de R$3mil
- concurso de beleza de camelos
- mula bailarina abandona balé russo
- noivo perde aliança de R$21mil
- ladrões de doces são presos nos eua
- bélgica tem o primeiro museu dedicado à batata-frita
- cavalo visita paciente em hospital

isso tudo e muito mais pra você (17 exclamações).

au revoir,
Cata S.

catando 20 e poucos (ou tantos)

hoje é aniversário de 24 anos de minha amiga Carlinha. todos cantem parabéns pra ela.
ela veio me perguntar: como é ter 24 anos?
eu respondi: igual a 23, 22.
todos esses ainda são 20 e poucos.

penso eu: e quando eu chegar aos 25?
aí já vai ser 20 e tantos, quase 30.

nos 20 e poucos, eu ralei. nos 20 e tantos, vou colher.
é, envelhecer tem o bônus.
mas acho que nunca mais vou pular o muro do colégio pra gazear aula.
(calma, mas isso não é dos 20 e poucos, é dos 10 e pouco).

é, acho então que continuarei nos 20 e poucos, mesmo com 30.
afinal, sempre existirão os amigos, as festas, o trabalho, a dança, a narguila, os guns n' roses, o namorado, o marido, os filhos, o apartamento próprio. ¬¬

é, alguma coisa tem que mudar. ou melhor, evoluir.

au revoir,
Cata S.

catando flechinhas

(da seção vai-posta-cata).

venho por meio deste confessar um trauma.
nunca fui daminha de honra.
será que não fui uma criança fofa e carismática o suficiente pra ser escolhida para entrar na frente da noiva, com um lindo vestido tipo cinderela?

ok, a vontade de ser daminha já passou.
mas eis que vem se formando um novo trauma.

nunca fui madrinha de casamento de seu ninguém.
estou chegando aos meus 25 anos sem ser de fato a convidada de honra de um casamento.
nunca atrasei o casamento de ninguém porque a noiva estava somente a me esperar.
"desculpem-me o atraso, noivos, padre, convidados, mas o maquiador errou no tom do blush. he he he".

decidi. vou catar flechinhas.
colocar meus cachinhos dourados pra fora e dar uma de cupido.
quem sabe assim, formo casais e serei chamada pra ser madrinha?

vou assistir aos casórios nas primeiras filas.
vou desfilar com um lindo vestido pelo tapete vermelho, escutando o "ohhh" dos meros espectadores.
vou ajudar a noiva a escolher os docinhos da festa, degustando-os, lógico.
vou ser chamada para a casa de praia maravilhosa do casal.
vou ter que comprar o presente dos noivos em 12 vezes no crediário da Insinuante.
vou escutar "mas que bosta de marido tu me indicou".

o cupido solta a flecha, mas os acertados que se acertem.
né Carol?

au revoir,
Cata S.

catando amor de mãe

de vez em quando rola entre amigos o papo de relacionamento mãe-filho.
todos confessam que pouco conseguem expressar amor às respectivas mães.
é muito fácil ser arisco com mãe. por quê?
porque é um amor que foge à lei da ação e reação.

amor de filho é patético junto ao amor de mãe.
e por orgulho, o filho passa a fingir que não a ama.
é um show de patadas.

- chega que horas filho?
- ah mãe, não enche.

o filho evita o ato de amor da mãe porque não sabe e nem pode retribuí-lo.

amor de mãe é como o amor de Deus pelas criaturas.
por sermos seres incapazes de amar a Deus o tanto quanto o contrário, desistimos dEle.
pior, fingimos não acreditar nEle.
por isso a Bíblia fala tantas vezes em temor, humildade, porque pra amar a Deus precisamos simplesmente nos reduzir à nossa insignificância.
a mesma coisa é com mãe.

acho que nem as mães entendem o próprio amor.
passa nove meses gorda e enjoada, pra colocar no mundo uma criatura que só caga, chora e gofa.
criatura que aprende a falar pra pedir isso, aquilo e reclamar da comida que com trabalho foi comprada e com cuidado preparada.
"mãe, sai do meu quarto"
"mãe, não se intromete"
"mãe, não enche meu saco"
"mãe, pára de ligar"
"mãe, me solta, que queima"

apesar disso, quem é a primeira pessoa que a gente pensa quando está em apuros?

sabe a propaganda da renner de dia das mães, que a filha diz:
"mãe, hoje sou eu quem vai sair com a bolsa vermelha viu?"
sou eu e minha mãe.

compartilhamos não só a bolsa, mas também os sapatos, as blusas, as saias, os colares, as alegrias, as tristezas, os sonhos.
só não consigo compartilhar igualmente o amor dela por mim, porque esse amor só poderei dar às minhas futuras criaturas cagonas.

nunca vamos conseguir amar nossa mãe da mesma forma que ela nos ama, mas vamos amá-las mesmo assim.
essa é a história.
menos patadas, mais carinho, mais afeto, mais paciência com as preocupações dela, mais ligações durante o dia.
e claro, lembrá-la com palavras que a ama. mesmo que sejam palavras envergonhadas.
mas são palavras que soam como arpa dos anjos nos ouvidos carentes de mãe.

mas sejamos sinceros.
mães, vocês nunca serão justamente recompensadas.
(se bem que, dizem por ai que o sorriso de um filho é toda a recompensa).

au revoir,
Cata S.

catando cabelo

(da seção vai-posta-cata).

já que o autor é desconhecido, vou me apropriar deste verso de tão admirável sabedoria.

"homem tem que ser tratado igual a cabelo!
num dia a gente prende
no outro solta
num dia a gente alisa
no outro enrola
dá uma cortada quando precisa
numa semana a gente amacia
na outra é só dar uma batidinha que ele fica ótimo!
fala a verdade... cabelo dá trabalho...
mas a mulher consegue viver careca?"

au revoir,
Cata S.

catando cine pe

estou aqui pra falar do cine pe.
crítica de cinema? não não não, essa cadeira de leo falcão já passou.
observadora de gente.

fora os curtas e longas, show à parte é o desfile de moda da galera.
bem, só indo pra ver.
alguns que poderia listar:
- samba shoes. (ficou legal numa menina que o usava basicamente com jeans e camiseta).
- camiseta da amelie poulain. (linda porque amelie é linda, mas meio banal, farda e forçado no contexto de festival de cinema).
- botas, botas, all-stars de cano longo, botas. (gente, não é porque choveu que vocês precisam se sentir em pleno inverno europeu né? só faltou as galochas aparecerem por lá).
- bermudas jeans, do tipo calça-velha-cortada-4-dedos-acima-do-joelho. (um charme despretencioso).
- colete. (chique, charmoso, maravilhoso).

passei 1 hora na fila, não consegui comprar o ingresso, mas valeu a pena o desfile.
adotei uns, outros não.

au revoir,
Cata S.

catando doença

aproveitei o feriado prolongado pra ficar doente.
gripe, moleza, sensação febril o tempo inteiro, vitamina c, benegrip (um post no meio de um post: é incrível o poder dos slogans. eu passei esses 2 dias com o "é gripe? benegrip" soando e ressoando na cabeça. ok, voltemos.), muito líquido, da cama pro sofá, do sofá pra cama, chuva, filmes, amolengação de namorado, mimo de mãe, pizza e sorvete (é, minha médica carlinha disse que pode).

às vezes, ficar doente é bom demais.

au revoir,
Cata S.