ontem, achei um cabelo branco na minha sobrancelha.
um minuto de silêncio e um grito de pânico.
lembrei que próximo ano entro na casa decimal dos 30.
30 anos... essa idade sempre me pareceu tão distante, e hoje,
DE REPENTE 30.
foi tudo tão rápido que, igual como no filme, parece que pulei de uma adolescente inexperiente para uma mulher adolescente.
nem precisava lá do pó de pilimpimpim.
apesar disso, lembrei do tanto de coisa que vivi nessa vida que Deus me deu.
posso dizer que sim, passei por tudo o bastante pra dizer que hoje não sofro da tal síndrome de adolescência mal vivida.
apaixonei e desapaixonei mais rápido que quem assalta um carro no sinal aberto.
passei mais tempo com minhas amigas do que estudando, e por isso, talvez não tenha passado na Federal.
passei muitas tardes dormindo ainda com a farda do colégio...
entrei na faculdade e me formei já trabalhando. não parei um mês sequer desde então. talvez por isso tenha sido tão rápido.
talvez tenham me faltado momentos de ócio pra eu não ver o tempo passar.
contemplar mais a vida pra perceber tudo o que eu já vivi.
ser mais espectadora de mim mesma e ver que o filme da minha vida dá mais horas do que todos os episódios de malhação juntos...
não, eu não pulei etapas.
to chegando aos 30 com a experiência de uma mulher de 29 anos.
mas calma, eu não tenho 29. ainda tô nos 28.
ufa! que bom, então, dá licença, que apesar de ter achado um cabelo branco na minha sobrancelha, eu ainda posso acordar com uma espinha no meio da cara...
pronto, catei.
Cata S.