quarta-feira, 12 de março de 2008

catando diferenças

o que é diferente sempre me atraiu muito.
tudo o que é minoria, único, exótico, incomum, alternativo, inédito, démodé, polêmico, discordante.
a maioria me estranha, fazer o quê?
afirmo que melhor seria o mundo se cada um fosse seu próprio mundo (e se preocupasse somente com ele).
mas os pré-conceitos foram criados, aí pronto.
as pessoas perderam o senso de beleza da diversidade, e aponta a dedo sujo 'isso é feio', 'isso é bonito', 'isso é certo', 'isso é errado'.
a maioria dita. só que tudo que é ditado pela maioria cai na breguisse.
e brega eu, mon amour? jamé.

pode parecer discurso de gente do contra. mas é uma questão de atração mesmo.
porque o diferente abusa da inteligência das pessoas.
para entender, é preciso haver o refinamento dos sentidos.
privilégio de uma minoria que não foi contaminada pelos ditados da massa.

vou continuar a ser atraída pelo o que a maioria dispensa.
gatos persas traiçoeiros.
o ballet clássico e sonolento.
roupas estilo minha-avó-usou.
cabelo curto e mal cortado.
corpos magricelos e pálidos.
festa estranha com gente esquisita.
biquini tipo sungão.
a chatice irônica de uns.
a antipatia pontual de outros.
xadrez vich estilo toalha de pizzaria.
broches enormes.
filmes a la Lars Von Trier.
músicas nunca tocadas nas rádios.

e assim, dia após dia, vou perdendo minha popularidade entre a maioria.
com muito prazer.
tenho mesmo pavor à multidão.

au revoir,
Cata S.

ps: a praga jogada no último post ainda está vingando.

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