quarta-feira, 3 de setembro de 2008

catando veneno

cultivei uma certa maldade ao longo dos anos.
freud explica: tudo tem uma justificativa na infância.
fui uma criança mimada.
claro, única filha mulher e caçula.
passei a infância reinando como a única neta das duas famílias.
era protegida dos meus pais porque meus primos se juntavam contra mim.
como eu não tinha forças para atacar meu irmão e meus primos, eu ia na covardia.
já estraçalhei um violão do meu irmão no chão.
já quis esfaqueá-lo com uma caneta bic.
mas não tinha condições de vencê-lo.
o meteoro de pegasus, que ele treinava por longas horas assistindo cavaleiro do zodiáco, era muito mais forte do que eu.
por isso, minhas palavras se tornaram um escudo e foram afiadas no mais puro veneno.
aprendi a fazer raiva no outro.
não, não é bonito.
a quem merecer, foi merecido.
a quem não, espero valer o meu pedido de perdão.

pronto, catei.
Cata S.

3 comentários:

Anônimo disse...

esqueceu de dizer que, como não tinha força para ganhar no braço, usava os dentinhos... kkkkkk
Bjs, mainha

Cleyton Cabral disse...

2 Leitores catados

hehe, gostei de passar por cá.

Bjo!

A.Terra disse...

essa é a maior força, as palavras. com um braço você atinge uma pessoa. com uma frase vc muda o rumo da humanidade. a marca de um tapa some depois, mas o machucado causado por uma palavra fica na memória pra sempre.

abaixo o soro antiofídico.