sábado, 27 de setembro de 2008

catando vizinhos

porque será que alguns vizinhos têm a necessidade de dar mais que um bom dia no elevador?
acho que porque sente-se pressionados em interagir quando a sós conosco no espaço de 1mx1m.
ou talvez eles precisem distrair uma possível claustrofobia?
bem, não sei enfim, mas observando esse comportamento, percebi vários estilos de vizinho.

tem o vizinho companheiro de time de futebol que sempre comenta o jogo passado ou o jogo que virá.
tem o vizinho descompanheiro de time de futebol que sempre ameaça "tal dia teu time vai dançar".
tem a vizinha que sempre pergunta como vai a sua família, especialmente sua avó.
tem a vizinha que sempre pergunta se você já se formou e qual o curso.
tem o vizinho que simplesmente não tem papo, mas em compensação é super simpático, e pergunta se está tudo bem, como vai, até mais e bom trabalho.
tem o vizinho que escolhe o papo de acordo com sua roupa: "como vai o trabalho?", "onde você malha?", "pegar uma prainha né?".
tem o vizinho veterinário que sempre pergunta sobre seu cachorro: "já cruzou?".
tem o vizinho que vinha conversando com outra pessoa antes de entrar no elevador, continua o papo com você e deixa a gente num eterno "pois é".
tem o vizinho síndico (ou não) que sempre fala de algum problema do prédio (geralmente do próprio elevador, "que já parou essa semana com a dona maria do quinto andar").
por fim, o mais comum dos vizinhos. é o vizinho metereologista que sempre fala do tempo, "que calor hein?" ou "que chuva hein?".

porque um bom dia e um até logo não são suficientes?
sempre tem que rolar a mesma conversa pra cultivar uma relação que não existe?
ô pessoalzinho carente!
gosto mais do vizinho que nem bom dia dá. é mal-educado mas pelo menos é autêntico, se acordou de pá virada não precisa distribuir sorrisos nem muito menos palavras ao léu pra passar o tempo dentro do elevador.

pronto, catei.
Cata S.

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