segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

catando por acaso

deletando arquivos inúteis no meu computador, por acaso, encontrei esse texto escrito por mim numa fase um tanto auto-descoberta. achei interessante.

criado em 3 de setembro de 2007, segue.

"queria reinventar minha vida todos os dias e ao mesmo tempo não mudar nada.

passo horas impressionada como sou protegida e sortuda. apesar de morar numa das cidades mais violentas do Brasil e cruzar a linha vermelha 2 vezes por dia, numa fui assaltada. nunca nem vi assalto.

não tive dúvidas sobre minha profissão e amo o que eu faço. ok! não vamos exagerar também. amar, eu amo a dança, meus amigos, minha família, não nessa ordem. mas é extremamente agradável passar o dia naquela agência no qual ajudei a construir e burocratizar. apesar dos stresses e da responsabilidade com a verba do cliente, publicidade é uma brincadeira.

meus amigos. ahh, esses pestes! quem um dia foi meu amigo, continua sendo. e isso é lindo. tenho amigos de todos aqueles tipos. e eles nunca me deixam só. tudo bem que tem umas sextas que todos morfam e me deixam em casa, mas aí tem um outro amigo que nunca me deixa na mão: o cinema. ok! não vamos exagerar! ontem eu vi um filme péssimo, mas temos que ver os péssimos pra nos deleitarmos com os bons. então, tá certo.

pensei agora em outro capítulo da vida, que são os homens, no qual se aplica a mesma teoria: precisamos dos péssimos para reconhecermos os bons. o problema é que o reconhecimento às vezes demora a vir. faz parte das mulheres ultra exigentes. ok! ao contrário dos péssimos filmes, os péssimos homens às vezes também sabem nos divertir. e assim a gente segue juntando histórias de sorrisos e lágrimas. mas o importante é que emoções eu vivi, já dizia o muito sábio Roberto Carlos.

o mesmo que disse que o tempo transforma todo amor em quase nada, mas que o quase é também mais um detalhe. e esses detalhes quando juntam somam aprendizados eternos.

e nessas trocas vou juntando peças à minha figura. nem que seja uma banda nova, um lugar legal, uma gíria diferente, um livro, um filme.

serve pra mostrar também que por mais que juremos nunca mais sermos idiotas, o amor/paixão/lombra nos transforma em idiotas. e novamente nos vemos acreditando em palavras, em olhares, e fazendo daquilo o nosso sorriso aborboletado da manhã seguinte.

e assim eu sigo em busca de uma pessoa musical, bem humorada, irônica, estilosa, magra, carinhosa, louca, decente. (krüger tava quase chegando)

cheguei no ponto de minha vida onde olho pra trás e olho pra frente.

passo a colher informações de experiências vividas, experiências assistidas, músicas, filmes e textos que circulam pela internet. faço uma colcha de retalhos onde a carapuça serve em mim e faço uma ilustração rascunhada daquilo que eu possa ser, presente e futuro.

aí chego numa conclusão geral de que meu sonho é conhecer o máximo de tudo aquilo que existe e tirar o mínimo que me faça sorrir.

pessoas, lugares, música, danças, histórias, teorias, cheiros, sabores, sensações, movimentos, momentos."


ok! esse arquivo eu vou guardar.

au revoir,
Cata S.

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