esse fim de semana foi um exemplo clássico de como a platéia pode estragar o espetáculo.
sexta-feira, dia 19 de setembro. festival coquetel molotov, show de marcelo camelo:
foi o lançamento do projeto solo do ex-hermano. já tinha escutado o CD, e na verdade, só fui mesmo pra conferir a performance ao vivo (mentira, ganhei convites). porque o CD mesmo é meio-meia-boca, gostosinho de escutar, sim, é bem chico buarque, nada los hermanos. mas, enfim, vamos lá.
chegando lá, o que já era esperado, os fãs pregos dos los hermanos estavam todos lá: aquela pirralhada no melhor estilo sou-cult-to-na-moda. um inferno. mas ok, vamos.
chegada a grande hora, o homem entra. gritaria, chororô, um espetáculo a parte da platéia. o homi ainda foi inventar de dizer "tinha que ser aqui, tinha que ser com vocês". gritos sem fim. ele era um deus para aquelas pessoas.
não deixavam nem o pobre cantar sozinho.
lembrando que estavámos num teatro, ou seja, alow galera, senta né?
era pedir demais. era euforia demais, emoção demais pra ficar simplesmente sentados.
o ápice do show foi quando, ÓBVIO, camelo cantou "morena", música de sua falecida banda.
a sensação que tive foi que estava numa sessão espírita e um fantasma lendário apareceu no palco. um cara que estava confortável sob a sombra dos los hermanos, e que qualquer coisa que faça vai ser pra sempre um mito.
ok, o show foi legal, a banda é muito boa, marcelo é camelo, mas, poupe-me platéia.
domingo, dia 21 de setembro. cineminha, filme: mamma mia.
um musical só com músicas do ABBA. primeiro que não li a sinopse, achei o cartaz bonitinho, não tinha outra opção, então vamos.
não sabia que era um musical e se soubesse tinha me contentado com um DVDzinho em casa. afinal, musical ou é muito bem elaborado ou é idiota (o que foi o caso). não só o musical, como a platéia.
nunca vi pessoas tão eufóricas com um "you are the Dancing Queen, young and sweet, only seventeeeeeen". tinha uma mulher na minha frente que eu passei o filme inteiro esperando que ela subisse na cadeira ou dançasse com o extintor de incêndio de tãaao empolgada.
ah, esqueci de dizer que o filme era "comédia". as pessoas gar-ga-lha-vam-ha-ha-ha-ha! eu olhava pra gustavo que estava entediado-semi-dormindo:
- amor, do que eles tão rindo mesmo?
ok, ABBA é legal, é trilha obrigatória dos casamentos e formaturas pra dançarmos com aquele tiozão embreagado, o filme em si é bonito de ver, pois se passa nas ilhas gregas e conta com o 007 mais bonito de todos os tempos pierce brosnan, (sem falar no vestido de noiva perfeito o da filha da meryl streep!). mas não é pra tantooo esparro!
poupe-me platéia.
bem, fica aqui o meu apelo a todos, afinal, todos são platéia.
por favor, contenha suas emoções pra não comprometer as emoções alheias.
pronto, catei.
Cata S.
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
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2 comentários:
bem imaginavel o show do Camelo ne? eu fico pensando como tudo isso comecou pq os pessoais sao tao assim com ele? deve ser so pq renegaram sua obra prima bem como assim fez Matisse ou ate mesmo Renoir nos primordios. Acho que vou ficar ouvindo o cd mesmo que eh daqueles que vc ouve uma primeira vez e tem vontade de olhar bem pra ver se ele nao ta gravado num CDRW mas depois vc gosta e fica com a musiquinha do assovio pra sempre na cabeca kkk eu gosto e pronto :O
ahhh antes que eu esqueça. o vesrido da tia que vc falou num parece uma camisola nao?
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