a escravidão pode ser imposta ou não.
hoje, estou aqui pra falar dos escravos voluntários.
aqueles que optam pela servidão à algo ou alguém por vontade própria, por fraqueza ou por fuga.
todo mundo é um escravo voluntário, em algum sentido.
não vou falar dos escravos do cigarro, da bebida, das drôugas, do dinheiro.
esses são banais.
falo da escravidão a 'senhores' que jamais perceberíamos que têm poder sobre nós.
eu, por exemplo, sou escrava de doces. por um doce, vou ao tronco (leia-se 'tronco': olhar para o espelho todos os dias e ver aquela gordurinha indesejada).
existem os escravos da palavra, pessoas que têm a necessidade de falar o tempo inteiro, independente do que seja e ou com quem.
existem os escravos da intelectualidade, que se sentem na obrigação de demonstrar conhecimento como forma de serem admirados.
os escravos da intelectualidade é uma vertente dos escravos do marketing pessoal: pessoas que se mostram bons-demais porque se preocupam em demasia com o que os outros pensam.
existem os escravos da aceitação alheia. geralmente, tentam se inserir num determinado grupo, se comportando igual às pessoas deste grupo.
existem os escravos do stress, que só se sentem bem extravasando raios.
existem os escravos da materialidade, servindo às roupas que veste, aos sapatos, bolsas, grifes.
geralmente, estes são também escravos da própria imagem e deixam de viver porque não se sentem belos o suficiente para dar as caras ao mundo.
ou pode ser o contrário, escravos da própria beleza, conhecidos também como narcisistas e param em qualquer superfície espelhada para se auto-contemplar. o maior prazer desse tipo de escravo é malhar.
existem os escravos de si mesmos, cuja opinião própria é o maior dos senhores.
geralmente, estes são escravos da crítica, cujo maior prazer é falar mal dos outros (geralmente pra se auto-afirmar).
enfim, existem vários tipos de escravidão. qual é a sua?
seja qual for, liberte-se. não há dádiva maior do que ser livre.
pronto, catei.
Cata S.
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
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Um comentário:
sou escrava total da minha vida acadêmica.
às vezes penso em me libertar, mas sabeDeus.
abraço.
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