quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

catando panelinhas

ao longo de minha vida cultivei minhas panelinhas.
e odiava quando alguém vinha dar lição de moral dizendo que não dávamos espaço para outras meninas se entrosarem.
numa dessas, eu respondi bem sinceramente: pois é, não somos uma panela, somos uma cumbuca mesmo, só dá a gente! (alguém ai lembra disso?)
e digo mais: vou orientar minhas filhas (e filhos) a fazerem o mesmo.
vou dizer a eles: não exclua seu coleguinha da brincadeira, mas quando for abrir o seu diário você tem que saber pra quem vai abrir.
existem amigos e amigos.
existem os amigos da sua fase de solteira, aquela galera ótima pra fazer aquela gréia.
existem os amigos da sua fase de comprometida, que geralmente são as namoradas dos amigos do seu namorado.
existem os amigos da fase da faculdade ou daquela firma que você trabalhou.
não to dizendo que esses amigos não devem ser considerados, inclusive já falei aqui do valor dos amigos que fazemos depois de crescidos.
essas amizades só acontecem se existir afinidade, e isso é lindo e natural.
amo tudo o que é natural.
mas também amo tudo o que é eterno e consistente.
as fases passam e sempre vamos voltar pra nossas amigas dos tempos de nunca-fui-beijada.
falo daquelas que compartilhei o código do meu diário e me ajudavam na hora de escrevê-lo.
daquelas que troquei cartas de amor ou de ódio escritas a punho.
daquelas que passei dias e dias na casa dela ou ela na minha, vendo o mesmo filme pela quenésima vez e comendo brigadeiro de panela.
e hoje eu sei, depois de 25 anos de vida, quem faz parte da minha panela.
são aquelas que me conhecem o suficiente pra não se decepcionar quando eu errar.
são aquelas acompanham o filme da minha vida desde sempre e são capazes de adivinhar o que virá em seguida.
com elas ontem eu tomei leite, hoje tomo uma vodka, na certeza que amanhã tomarei um chá.

essas panelinhas são como comunidades secretas, que guardam a história de cada uma de suas membras num tesouro a sete chaves que nenhum desconvidado pode ter acesso.

esse post obviamente é dedicado a elas e não preciso nem citar nomes.

pronto, catei.
Cata S.

2 comentários:

Anônimo disse...

Minha cumbuquinha predileta tá cheia de vc!

Te amo pimbolina. SEMPRE!!!!!

Anônimo disse...

Frendoca!!! Que saudades dos Backstreet boys, das nossas danças, dos brigadeiros na panela... dos nossos sonhos!!! É muito bom relembrar esses tempos!!!
Amo tu my best-sister-friend-forever!