segunda-feira, 7 de abril de 2008

catando moda

todos os dias antes de sair de casa, você escolhe o que vestir.
é o momento em que nos projetamos para o universo astral que queremos estar:

sóbrio, bem-humorado, elegante, nem-aí, criativo, discreto, berrante, sensual ou sexual.

moda é nada além que o reflexo da personalidade e estado de espírito de cada um.
um reflexo muitas vezes refletido sem nem sentir.
outras vezes, propositalmente.

eu particularmente não nego minha tendência em explorar externamente o que sou internamente.
quem é bom na leitura, pode perceber em mim a pessoa um tanto criativa (criativa que gosta de criar, não necessariamente que acerta nas criações - só pra ser humilde) e provida de um extremo humor irônico (explica-se algumas misturas estranhas, os vestidos a la toalha de pizzaria, os óculos extra-desproporcionais).
me mostro porque "numa moldura clara e simples sou aquilo que se vê".
e eu posso escolher em que moldura as pessoas vão me ver (e me julgar).
futilidade?

modismo é que é futilidade e escravidão. moda não.
moda vem de modo, maneira.
qual é a sua "moda" de ser?
quer passar despercebido?
quer despertar o desejo alheio?
quer ser igual a todo mundo?
quer ser único?
quer ter bom-gosto?
quer ser fã dos Travessos?

somos responsáveis pelo o que cativamos, já dizia
Antoine de Saint-Exupéry, no clássico Pequeno Príncipe.
escolha sua tendência (atual ou não), misture, tire aqui e ali, lapide, se mostre e cative.

(mas por favor, não custa nada pedir, cuidem da personalidade. cuidado com o que querem cativar. vamos despoluir visualmente o mundo. todos contra uma moda menos menos ordinária, menos vulgar e menos comum).

au revoir,
Cata S.

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